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SÁBADO 8 MARÇO, 16H00
E porém, elas movem-se: a escultura pública em Guimarães
No dia 8 de março, a Casa da Memória acolhe a mesa-redonda "E porém, elas movem-se: a escultura pública em Guimarães", onde Marta Lima, escultora, coloca em evidência a sua prática do fazer e do pensar a escultura pública" no lugar daquele que cria, que impõe a sua obra todos os dias a quem passa, o que difere fortemente da galeria, que se expõe a quem entra". Maria Manuel Oliveira, arquiteta, investigadora e professora associada com agregação na Escola de Arquitetura , Arte e Design da Universidade do Minho enquanto especialista no campo da intervenção em património edificado, relembra a realocação das estátuas que existiam na praça do toural e questiona a relação que a escultura pública ocupa a partir do exemplo da requalificação urbana da praça do Toural em Guimarães. Jorge Palinhos, escritor, investigador e docente na Escola Superior Artística do Porto e na Escola Superior de Educação de Coimbra, a partir das estátuas que ocupavam a Praça da República no Porto, questiona a validade das estátuas passadas, presentes e futuras. Em "Cidades de Bronze" Galateia anuncia " Hoje vamos fazer história. " e Kore relembra-nos "- Mais do que isso, vamos fazer futuro." Fátima Ferreira, historiadora e professora associada no Instituto de Ciências Sociais na Universidade do Minho relembra a perspetiva histórica, da memória e do tempo como determinante na relação do discurso e suas representações.
Programa anual de memória
As esculturas públicas no concelho de Guimarães são marcos que transcendem o espaço físico e que se ligam diretamente à memória, à história e às figuras que moldaram a cultura local e, nalguns casos, até mesmo nacional. Nestas obras, o corpo ou as formas – tanto na sua forma física como simbólica – emergem como uma representação visual de eventos ou personalidades que deixaram marcas profundas nas pessoas e no território.
Ao longo do ano, em diversas atividades, a Casa da Memória vai aprofundar o conhecimento do rico património escultórico vimaranense em espaço público. Num diálogo singular com as peças escultóricas, com o lugar que ocupam e com as pessoas que as observam, tornamo-nos todos e todas testemunhos permanentes de uma história que não é apenas a que é contada nos livros, mas também a que é vivida diariamente e experienciada nos espaços comuns. Este é um programa que também nos relembra de que uma presença física vai e vem com a mudança dos tempos, como um D. Afonso Henriques esculpido por Soares do Reis que passeou pela cidade inteira: a matéria congrega as ideias, mas os significantes movem-se com o granito e o bronze.
Entrada gratuita, até ao limite da lotação disponível