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SÁBADO 8 MARÇO, 16H00
E porém, elas movem-se: a escultura pública em Guimarães
Esculturas públicas no concelho de Guimarães são marcos que transcendem o espaço físico e que se ligam diretamente à memória, à história e às figuras que moldaram a cultura local e, nalguns casos, até mesmo nacional. Nestas obras, o corpo ou as formas – tanto na sua forma física como simbólica – emergem como uma representação visual de eventos ou personalidades que deixaram marcas profundas nas pessoas e no território.
A matéria esculpida reflete a materialização da memória, seja a de uma figura histórica, um momento transformador ou uma ideia comum. A escultura pública não tem, contudo, como única função manter vivas estas ligações profundas entre o presente com o passado, pois elas ocupam precisamente o nosso tempo e são também garantia de futuro. Ademais, elas são sobretudo parte dum espaço ocupado e transformador, porque surgem sempre em escala, convocando-nos e exigindo a nossa atenção: «Aqui estamos. Apesar de tudo, movemo-nos.»
Este é o diálogo singular que pretendemos com elas, com o espaço que ocupam e com as pessoas que as observam: tornamo-nos todos e todas testemunhos permanentes de uma história que não é apenas a que é contada nos livros, mas também a que é vivida diariamente e experienciada nos espaços comuns.
Este é um programa que também nos relembra de que uma presença física vai e vem com a mudança dos tempos, como um D. Afonso Henriques esculpido por Soares do Reis que passeou pela cidade inteira: a matéria congrega as ideias, mas os significantes movem-se com o granito e o bronze.